Língua Portuguesa.Exercícios de português.Exercícios de Gramática.Literatura Brasileira.Interpretação de Texto.Resumos de literatura

29 de maio de 2012

imagens-tumblr-facebook-06Os interessados em fazer a edição de 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem começar a se preparar. As inscrições vão até o dia 15 de junho, conforme mostrou o Bom dia Rio desta terça-feira (29).

Os candidatos devem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para fazer a inscrição no Enem 2012, que custa de R$ 35.

Quem quiser tentar isenção da taxa, precisa de uma declaração dizendo que pertence à família de baixa renda. Os alunos das escolas públicas e que estão concluindo o ensino médio em 2012 não precisam pagar a taxa.

O cartão de confirmação será enviado até o dia 26 de outubro. Nele irá constar o número da inscrição, data, hora, local de realização das provas, opção de língua estrangeira e a solicitação de certificação do ensino médio. Também é possível imprimir o cartão pelo site do Inep.

Os candidatos que precisarem de atendimento especial no dia das provas do Enem deverão informar na inscrição. Eles deverão dispor dos documentos comprobatórios, que poderão ser solicitados pelo Inep a qualquer momento.

O Enem acontece nos dias 3 e 4 de novembro. Serão quatro provas, com 45 questões cada uma. Os candidatos terão 5h30 para realizarem todas as questões.

24 de maio de 2012

318282_302982536457160_219802194775195_678399_942734772_n

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apresentou as novas regras do Exame Nacional do Ensino Médio - Enem 2012. As principais mudanças ocorreram na prova de redação, que terá um novo sistema de correção. Segundo o ministro, o MEC decidiu criar "filtros mais precisos para avaliar" a redação. As inscrições para o Enem serão abertas na segunda-feira, 28 de maio, e vão até o dia 15 de junho. A prova será nos dias 3 e 4 de novembro. O Enem é utilizado por muitas universidades públicas para o acesso ao ensino superior.

Pelo novo sistema, cada prova de redação será corrigida por dois corretores independentes, que avaliarão cinco competências. Caso as notas dos dois corretores tenham uma diferença de até 200 pontos, a nota final será feita a partir de uma média aritmética das duas avaliações. Até o ano passado, a margem de dispersão era de 300 pontos (a nota final do Enem varia de 0 a 1.000).

No entando, se a diferença da nota final entre dois avaliadores for maior que 200 pontos, haverá uma terceira correção. Se persistir a diferença, uma banca com outros três avaliadores vai corrigir a redação. A banca será composta de três avaliadores e coordenada por um professor doutor.

Para executar o novo sistema, Mercadante anunciou o aumento de 40% no quadro de avaliadores, de 3.000 para 4.200 a partir deste ano.

lapis3  Cinco competências para cumprir

A redação deverá cumprir cinco competências, cada uma vale 200 pontos, para o total máximo de 1.000 pontos. Se em qualquer uma das cinco competências uma discrepência acima de 80 pontos, um terceiro corretor avaliará a prova. O processo já acontecia no ano passado, porém, a partir de 2012, a prova será encaminhada a uma banca certificadora caso, na terceira nota, também persista a dispersão.

De acordo com o ministro, o edital com as novas regras será publicado no "Diário Oficial da União" de sexta-feira,dia 25 de maio. "Todas as mudanças criamos comitê científico discutimos intensamente para chegar a essas conclusões e estamos bastante preparados para enfrentar este grande desafio para fazer o enem mais seguro e que de tranquilidade para os jovens que vao participar desse processo", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

SAIBA QUAIS SÃO AS COMPETÊNCIAS DA REDAÇÃO DO ENEM

Competência I: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita

Competência II: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

Competência III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Competência IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação.

Competência V: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Fonte: Inep

Guia da redação

Mercadante afirmou que o Ministério da Educação vai distribuir a todos os alunos um guia para a redação do Enem, com as regras de correção e exemplos de redações modelo. Segundo o ministro, o Enem se tornou uma "peça estruturante do sistema de ensino superior do Brasil, porque na realidade ele é o grande instrumento de avaliação do mérito e desempenho dos alunos".

Sobre os candidatos terem acesso á correção da redação, Mercadante destacou que o MEC firmou um TAC com a Justiça no final do ano passado e ficou definido que os estudantes teriam a acesso. “Isso será mantido, o que estamos concluindo é a operacionalização. É uma operação complexa fazer com que cada aluno que solicite sua redação a receba onde ela deve chegar.”

Ele creditou ao Enem o sucesso de programas como o Sistema de Seleção Unificado (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o Ciência Sem Fronteiras, que utilizam o resultado do exame como principal critério de seleção dos estudantes.

Esse alunos "chegaram pelo mérito, o acesso foi o Enem, é uma conquista republicana", disse Mercadante. "Estamos fazendo um refinamento do sistema para que a banca esteja sempre pronta a responder pelos casos de discrepância", disse Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep.

Segundo Costa, as mudanças são uma busca do Inep por "um sistema cada vez mais justo" para avaliar os candidatos "dentro da subjetividade da avaliação de um texto".

Certificação

A partir desta edição do Enem, os candidatos que fizeram a prova em busca da certificação do ensino médio terão de ter melhor desempenho. A pontuação mínima necessária subiu de 400 para 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e 500 pontos na redação.

Segurança

Mercadante destacou um incremento no processo de fiscalização e segurança do Enem para evitar problemas como no ano passado, quando questões do pré-teste vazaram e apareceram em apostilas de um colégio de Fortaleza (CE) onde foram aplicados. "Mudamos nossa metodologia para ter mais segurança no pré-teste", disse o ministro. "Temos certeza de que esse risco hoje não está presente. Fazendo com todo sigilo e todo rigor. Banco de itens é um cofre do MEC que tem que ser preservado como cofre. Temos uma metodologia segura e rigorosa para não termos problemas como no passado."

O ministro disse ainda que os pontos de atenção que o MEC deve ter em relação à segurança do Enem passaram de 1.200 itens para 3.439 itens. "Praticamente triplicamos o rigor de fiscalização", avaliou.

Mercadante afirmou que o Brasil está atrasado em relação a exames semelhantes realizados em países como Estados Unidos, China, Alemanha, França e Reino Unido. E que, além de estar menos preparado, o Brasil tem como principal desafio a gestão e a logística de aplicar uma prova para mais de 5 milhões de pessoas em todo o território brasileiro (em 2011, o MEC recebeu 5,4 milhões de inscrições).

O Ministério da Educação decidiu após uma polêmica judicial, em janeiro deste ano, cancelar a primeira edição do Enem de 2012, prevista para abril. Uma portaria de 18 de maio de 2011 havia anunciado que, a partir de 2012, o Enem seria realizado duas vezes por ano. A mesma portaria havia fixado a data da primeira edição do exame para os dias 28 e 29 de abril.

lapis3CONFIRA O CRONOGRAMA DO ENEM 2012

Período de inscrições : 28/05 a 15/06/2012

Taxa de inscrição  : R$ 35

Pagamento da taxa: Até 20/06/2012

Data das provas : 3 e 4/11/2012

Divulgação do gabarito : 7/11/2012

Resultado final : 28/12/2012

16 de maio de 2012

APRENDA SOBRE O OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
e57dd2dbb5387568bb9b44601dc71109461bdd6f_wmeg_00001
Complementos Verbais

Em alguns casos o objeto direto pode ser introduzido por uma preposição, geralmente [a], empregada por necessidades expressivas, cuja finalidade é tornar a frase mais elegante e eufônica. Portanto (na maioria dos casos), o emprego não é obrigatório, ou seja, nunca porque o verbo a exige. Se isso ocorresse o verbo seria transitivo indireto. Portanto, a preposição é estruturalmente dispensável. Observe:

Ex.- O soldado traiu ao comandante. => Traiu quem? O comandante.
Ex.- Cumpri a minha palavra. => Cumpri (o quê?) minha palavra.

Veja que não há como confundir o objeto direto preposicionado com o objeto indireto: quem trai, trai alguém; quem cumpre, cumpre alguma coisa, o quê?

O objeto direto preposicionado (facultativo) ocorre:

a) Com os nomes próprios de pessoas:
Ex.- Amava a Deus. => Ou: Amava (quem?) Deus.
Ex.- Estimava a Paulo. => Ou: Estimava (quem?) Paulo.

b) Com os pronomes indefinidos: muitos, todos, outro, ninguém, outrem, alguém, tantos, etc.:
Ex.- Ofendestes a todos. => Ofendestes (quem?) todos.

c) Com os demonstrativos: este, esse, aquele, isto, isso, aquilo:
Ex.- Todos os quadros são belos, mas apreciei mais a este (ou: este).

d) Com ambos: Ex.- Amava a ambos. Ou: Amava (quem?) ambos.

e) Com as formas de tratamento
Ex.- Estimamos [a] V.Exa.

f) Expressões com o sentido recíproco:
Ex.- Cumprimentavam uns [a]os outros.

O objeto direto preposicionado é OBRIGATÓRIO nesses casos:

1. Quando os pronomes pessoais tônicos [mim, ti, ele, nós, vós, ele(s), elas(s)] funcionam como objetos diretos em lugar de [me, te, nos, vos, o(s), a(s)]:

    Ex.- O horário de verão incomoda (quem?) a mim. (no lugar de "me")

    Ex.- Jacó pretendia (quem?) a ela como prêmio. (Camões)

2. Com o pronome quem: Ex.- Viu a quem?
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

Distinga o Objeto Indireto do Objeto Direto Preposicionado:

01. Ofendem a ti, sem razão.
02. Deus nos julgará.
03. Zeus amou a Afrodite.
04. Deste modo, prejudicas a ti e a ela.
05. O Dourado se alimenta de pequenos peixes.
06. Os tigres despedaçavam-se uns aos outros.
07. Ninguém resiste a temperatura tão baixas.
08. O brotinho lhe telefonou?
09. O médico enganou a todos.
10. Não obedeço a você.
11. Aquela notícia interessa a todos.
12. Amou a seu pai com grandeza.
13. Os Romanos adoravam a Júpiter.
14. Eles necessitavam com urgência daqueles livros.

• GABARITO:

01. Ofendem a ti, sem razão. (OD preposicionado)
02. Deus nos julgará. (quem julga, julga alguém - nos = a nós - OI)
03. Zeus amou (quem?) [a] Afrodite. (nome próprio - OD preposicionado)
04. Deste modo, prejudicas (quem?) a ti e a ela. (OD preposicionado)
05. O Dourado se alimenta (de quê?) de pequenos peixes. (OI)
O6. Os tigres despedaçavam-se uns aos outros. (ODP - reciprocidade)
07. Ninguém resiste (a quê?) a temperatura tão baixas. (OI)
08. O brotinho lhe telefonou? (quem telefona, telefona a alguém- OI)
09. O médico enganou (quem?) a todos. (quem engana, engana alguém- ODP)
10. Não obedeço (a quem?) a você. (quem obedece, obedece a alguém – OI)
11. Aquela notícia interessa a todos. (o que interessa, interessa a alguém - OI)
12. Amou [a] seu pai com grandeza. (quem ama, ama alguém – ODP)
13. Os Romanos adoravam [a] Júpiter. (nome próprio – ODP)
14. Eles necessitavam (de quê?) com urgência daqueles livros. (OI)



________________________________________
Informações foram retiradas e adaptadas ao texto de:
Rocha Lima, Gramática Normativa da Língua Portuguesa.

Fonte: Recanto das letras – Professor ®Sérgio

2011 teve a maior taxa de reprovação no ensino médio


estudante-gramatica-linguagemA taxa de retenção no ensino médio voltou a subir em 2011 e alcançou a média nacional de 13,1%. Trata-se do mais alto índice registrado desde 1999, primeiro ano com dados disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Os mais recentes indicadores foram divulgados pelo órgão na última segunda-feira, 14.



Os estados com piores índices de reprovação no ensino médio foram o Rio Grande do Sul, com 20,7%, e o Rio de Janeiro, com 18,5%. As menores taxas ficaram com o Amazonas, que teve 6% de retenção, e com o Ceará, com 6,7%.

Os dados sobre o rendimento dos estudantes é dividido em quatro categorias: taxa de aprovação, taxa de reprovação, taxa de abandono e taxa de não-resposta (TNR), composta matrículas que não se encaixam nas outras categorias por falta de informação nas escolas, tanto públicas, quanto privadas.

Apesar do recorde em retenção, o índice de abandono no ensino médio diminuiu para 9,6% em relação a 2010. Em 2007, 13,2% dos estudantes que já estavam no ensino médio no ano anterior haviam desistido de estudar.

Alto índice de retenção é atribuído à dificuldade de adaptação a conteúdo mais extenso e à mudança de comportamento nessa fase da adolescência

Currículo e transição dificultam 1º ano do ensino médio - O estudante João Pedro Borges Santos tem 15 anos e nunca teve grandes dificuldades na escola. Mas a chegada ao ensino médio cobrou-lhe uma atenção redobrada para manter o desempenho. "É bem diferente, na questão de avaliações, da cobrança." A colega Talita Novaes Moura, de 15 anos, tem sentido a mudança (e sofrido com ela). "Nunca fui de tirar dúvidas na sala, por timidez, e agora está ficando difícil acompanhar."


Os dois são alunos do 1.º ano do ensino médio, considerado o "vilão" para os estudantes. Em várias das grandes escolas particulares, como o Colégio Santa Maria, na zona sul de São Paulo - onde ambos estudam -, o índice de retenção é bastante superior aos demais anos dessa fase.
Segundo diretores e coordenadores, a explicação não é só o currículo, mas também se relaciona com mudança de comportamento dos jovens por conta da idade e da transição para uma nova fase. "No ano passado, olhava para o pessoal do ensino médio e todo mundo tinha um jeito diferente, mais unido, falando em festas, em um nova fase", diz Talita.

No Santa Maria, por exemplo, o índice de retenção em 2011 chegou a 10% dos alunos. Para a coordenadora dessa série no colégio, Roberta Edo, a repetência não pode ser vista como atraso. "Refazer é positivo, porque a função da escola é estruturar. Se tivesse passado, não iria acompanhar o próximo período", diz ela. "As mudanças curriculares coincidem com uma mudança interna, eles querem ter liberdade e autonomia."

A estudante Laís, de 16 anos, vive isso. Está fazendo o 1.º ano pela segunda vez, depois de ter sido retida em 2011. "A gente acha que é mais independente. E não acompanhei, não me adaptei e comecei a ir mal em matéria que sempre gostei. Só depois que repeti percebi as mudanças, que preciso estudar todo dia, tirar as dúvidas", diz ela, que não quis dizer o sobrenome.

Para Alex Tabuada, de 17 anos e aluno do Mater Dei, que também repetiu o 1.º ano, a dificuldade maior foi acompanhar as disciplinas - apesar de ter sobrenome de conteúdo matemático. "Temos muito mais matérias e, ano passado, não estudei no começo. Depois virou uma bola de neve", diz ele.
No Mater Dei, o número de retenções também cresce na entrada para o ensino médio - é quase o dobro do registrado no 2.º ano -, assim como o de alunos que trocam de escola na reta final para evitar perder o ano. "É uma grande transição. A carga horária a partir do primeiro ano do ensino médio é maior. As exatas são a grande dificuldade", diz a coordenadora, Regina Ratto. Na escola dela, o ensino médio possui nove aulas a mais que o último ano do fundamental.

Os alunos do ensino médio encontram uma mudança considerável na grade de aulas. Química, Física e Biologia ganham especificidades, além de novos conceitos em Língua Portuguesa e Literatura. E a luz vermelha do vestibular começa a aparecer.

"Normalmente, o ensino médio tem ritmo mais puxado, porque a gente tenta fazer tudo em 2 anos e meio para que haja uma espécie de cursinho nos últimos seis meses", explica a coordenadora pedagógica do Colégio Sidarta, Anna Karina Da Col. Segundo ela, é importante que a transição seja realizada de modo gradual. "Temos que envolver a família, não da para esperar o boletim", completa.

No Sidarta, o nível de retenção no 1.º ano é evitado com algumas ações, como uma recuperação paralela, um conselho no meio do trimestre para analisar casos específicos, além da aproximação dos professores do ensino médio com as séries do fundamental.

Apesar das preocupações da escola, Melanie Ho, de 14 anos, notou uma mudança. "A sala toda sentiu uma diferença em relação ao aprendizado. A responsabilidade tem de ser maior, já sabemos que precisamos de mais foco", disse.

E no Brasil, o investimento em educação continua distante do padrão internacional, diz Ipea

Apesar de terem crescido nos últimos dez anos, os investimentos públicos nas áreas de saúde, infraestrutura e educação no país, ainda estão longe de alcançar os padrões internacionais, segundo levantamento apresentado na última terça-feira, 15, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o ano de 2010.
O estudo Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas destaca o papel que as áreas sociais desempenharam, na primeira década dos anos 2000, para sustentação e dinamização da economia.

Na educação, os investimentos públicos representaram 5% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Plano Nacional de Educação, o padrão internacional, que é de 7%, seria alcançado em 2020. Há dez anos, eram investidos cerca de 3% do PIB na educação. Na saúde, os investimentos somaram 3,77% do PIB. Em dez anos, houve crescimento de 1,27 pontos percentuais. “Seria necessário quase dobrar os investimentos para alcançar o padrão internacional de 7%”, explicou Aristides Monteiro Neto, coordenador do estudo.

Os recursos destinados ao setor de infraestrutura de transporte, por sua vez, representaram 0,7% do PIB, enquanto o padrão internacional é 3,4%. Há dez anos, o porcentual era 0,2%. Os padrões têm como base os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os países mais industrializados do mundo.

“Temos um caminho ainda de construção de investimento na área social. O desafio é fazer isso sem comprometer as exigências do investimento em infraestrutura”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Um dos caminhos apontados pelo estudo é estimular investimentos pelo setor privado. De acordo com o estudo, o setor público atuou fortemente no estímulo a atividade produtiva nos últimos anos, mas a capacidade de investimentos já chega a um limite.

Para Monteiro Neto, diante da possibilidade de esgotamento das fontes de recursos, que não permitiria alcançar os patamares internacionais nas áreas sociais em médio prazo, é necessário ter foco na aplicação das políticas. “Países da América do Sul e Ásia que gastam 5% do PIB tem padrões educacionais melhores que o Brasil. Eles nos apontam que nem tudo é recurso financeiro. A melhor utilização do recurso existente pode gerar melhores resultados”.

O estudo mostra, ainda, um crescimento dos investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, diminuindo a disparidade histórica com o Sul e o Sudeste. “Percebemos uma inflexão do ponto de vista da geografia do investimento. As regiões que eram menos dinâmicas foram as que mais cresceram. A região Centro-Oeste, por exemplo, é onde mais cresceu o setor industrial”, disse Pochmann.
Fonte: O Estadão

A Fuvest divulgou 29 das melhores redações do vestibular 2012. Ler boas redações podem inspirar e ensinar você que quer prestar o ENEM, o vestibular ou fazer concurso. Clique na imagem para ler dez dessas redações.

redacoes-01_0001redacoes-01_0002redacoes-01_0003redacoes-01_0004redacoes-01_0005redacoes-01_0006redacoes-01_0007redacoes-01_0008redacoes-01_0009redacoes-01_0010

Teste seus conhecimentos resolvendo 12 questões de interpretação de texto para o Enem.



01. O texto a seguir foi extraído de um romance brasileiro. A partir de sua leitura, é possível extrair traços que permitam identificar o estilo literário a que pertence. Assinale a alternativa que indique esses traços e a escola a que o trecho pode ser filiada.



Caía a tarde.
No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça se embalançava indolentemente numa rede de palha presa aos ramos de uma acácia silvestre, que estremecendo deixava cair algumas de suas flores miúdas e perfumadas.
Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz, e abaixavam de novo as pálpebras rosadas.
Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite; o hálito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. Sua tez(1), alva e pura como um froco(2) de algodão, tingia-se nas faces de uns longes(3) cor-de-rosa, que iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas.
O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é possível conceber; mistura de luxo e simplicidade.
Tinha sobre o vestido branco de cassa(4) um ligeiro saiote de riço(5) azul apanhado à cintura por um broche; uma espécie de arminho(6) cor de pérola, feito com a penugem macia de certas aves, orlava(7) o talho(8) e as mangas, fazendo realçar a alvura de seus ombros e o harmonioso contorno de seu braço arqueado sobre o seio.
Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em volta do pescoço presos por uma presilha finíssima de fios de palha cor de ouro, feita com uma arte e perfeição admirável.
A mãozinha afilada(9) brincava com um ramo de acácia que se curvava carregado de flores, e ao qual de vez em quando segurava-se para imprimir à rede uma doce oscilação.


Notas: (1) pele; (2) floco; (3) tonalidades suaves; (4) tecido fino; (5) tecido de lã: (6) tipo de agasalho; (7) enfeitava; (8) corte (do vestido); (9) fina.

a) A sensualidade e animalização que se associam à personagem evidenciam traços naturalistas.
b) A construção de uma imagem urbanizada e cosmopolita da figura feminina denuncia a estética modernista.
c) A colocação da personagem apenas como pretexto para tratar de aspectos da natureza revela o neoclassicismo.
d) A imagem espiritualizada da mulher, de franca inspiração religiosa, aponta para a estética barroca.
e) A idealização da mulher e seu envolvimento harmonioso com a natureza brasileira permitem aproximar a imagem do Romantismo.

A tirinha a seguir serve de base para as questões 02 e 03. Observe-a com atenção:

9


02. Comparando a fala do primeiro balão com a do último, é CORRETO afirmar que:


a) há uma relação intertextual entre elas, embora haja diferenças de estrutura sintática entre uma e outra.
b) sob o ponto de vista conceitual, a expressão “lei da selva” tem uma extensão mais ampla que “lei da gravidade”, que tem sentido especializado.
c) a forma verbal “Lamento” sugere a relação respeitosa que as personagens estabelecem entre si na tirinha.
d) a conjunção “mas” poderia ser substituída, somente no primeiro quadrinho, por porém ou no entanto.
e) a expressão “lei da gravidade” não pode ser entendida, devido ao contexto sarcástico, como um termo técnico da Física.

03. A imagem no segundo quadrinho

a) comprova que a lei da selva é válida em todas as situações.
b) é incompatível com o que ocorreu no primeiro quadrinho.
c) reforça o lamento do gato no começo da tirinha.
d) permite ao rato fazer a observação que está no último balão.
e) mostra a indignação do rato para com a postura do gato.

04. O fragmento seguinte foi extraído do poema “sida”, do poeta português Al Berto. Seu título é a sigla da doença Síndrome de Imuno-Deficiência Adquirida — que no Brasil é designada pelo correspondente em inglês AIDS. Leia-o e assinale a alternativa CORRETA sobre ele:

aqueles que têm nome e nos telefonam
um dia emagrecem — partem
deixam-nos dobrados ao abandono
no interior duma dor inútil muda
e voraz
a) Os versos usam de humor para falar de um tema delicado.
b) O trecho trata da impotência humana diante da morte.
c) O texto faz uma crítica moralista da podridão humana.
d) O poema explora basicamente a decepção amorosa.
e) A crítica ao sistema de telemarketing mostra o caráter moderno do texto.

05. Textos para a questão

Texto 1

No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos — cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.

São rudos1, severos, sedentos de glória,
Já prélios2 incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão3 de prodígios, de glória e terror!
(DIAS, Gonçalves. “I-Juca-Pirama”.)


Notas: 1) rudes; 2) guerras; 3) poder (entenda-se: o nome “Timbiras” teria o poder de evocar a fama de “prodígios, de glória e terror” atribuída a essa nação indígena).

Texto 2

No fundo, que vem a ser o magnífico “I-Juca-Pirama”? É a idealização das próprias virtudes heróicas da nossa raça, não no complexo dos sentimentos que ali se exaltam, a das do índio — ser tão rude, tão elementar, símbolo da incongruência moral.
Sabemos perfeitamente e já o sabiam os descobridores: ele é uma criança que se vende ou vende os seus por um espelhinho, um berimbau ou um metro de baeta1.
Isolado sempre foi assim, e hoje coletivamente o é, nas malocas de pobre vencido, descrido2, muitas vezes reduzido a um bicho abjeto3, hidrópico4, por efeito do paludismo5, nas regiões ribeirinhas onde o mosquito anda em nuvens.
(VÍTOR, Nestor. “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”.
O Globo: Rio de Janeiro, 8/10/1928.)


Notas: 1) tecido de algodão; 2) desacreditado; 3) desprezível; 4) portador de moléstia que se caracteriza pelo inchaço resultante da retenção de líquidos no organismo; 5) malária.

Leia as asserções seguintes:

I. Os dois textos apresentam visões bem diferentes a propósito da cultura e da condição dos povos indígenas.
II. O Texto 1 é um fragmento de poema que idealiza o índio como herói, de acordo com a visão típica do Romantismo, embora tal visão se baseie numa característica fundamental da cultura indígena: a de ser uma cultura de povos guerreiros.
III. O Texto 2 é um fragmento de crítica literária que apresenta a cultura dos povos indígenas e a condição do índio tal como se configuram de fato na vida real, de acordo com uma visão neutra e, até hoje, cientificamente válida.
IV. O Texto 2 compreende a cultura e a condição dos índios de modo preconceituoso, embora se fundamente em observações que podem corresponder, parcialmente, à condição degradada a que foram submetidos os povos indígenas no Brasil ao longo da história.

É(são) correta(s) a(s) asserção(ões):
a) Apenas I e IV.
b) Apenas II, III e IV.
c) Apenas I, II e IV.
d) Nenhuma, exceto a I.
e) A II, exclusivamente.

06. O texto a seguir pertence ao livro Infância (1945), de Graciliano Ramos. Leia-o e assinale a alternativa CORRETA sobre ele.


O ponto de reunião e fuxicos era a sala de jantar, que, por duas portas, olhava o alpendre(1) e a cozinha. Como falavam muito alto, as pessoas se entendiam facilmente de uma peça para outra. Nos feixes de lenha arrumados junto ao fogão, na prensa de farinha, nos bancos duros que ladeavam a mesa, a gente se sentava e ouvia as emboanças(2) do criado, um caboclo besta e palrador(3). Rosenda lavadeira cachimbava e engomava roupa numa tábua. (…)
Vivíamos todos em grande mistura — e a sala de visitas era inútil, com as cadeiras pretas desocupadas, uma litografia(4) de S. João Batista e uma do inferno, o pequeno espelho de cristal que Amâncio, afilhado de meu pai, trouxera do Rio ao deixar o exército no posto de sargento.


Notas: (1) varanda coberta; (2) conversas sem importância; (3) falante; (4) espécie de pintura.

a) No trecho, o narrador estabelece uma relação contrastante entre dois espaços domésticos distintos.
b) Ao afirmar que a sala de jantar “olhava o alpendre e a cozinha”, o narrador cria uma metáfora da vigilância opressiva e autoritária sobre empregados.
c) A inutilidade atribuída à sala de visitas se explica pela condição de recolhimento em que vive a família do narrador, fechada em si mesma.
d) O narrador se coloca em uma postura objetiva, estabelecendo um distanciamento em relação ao espaço retratado.
e) A separação nítida entre espaços de patrões e de empregados funciona como evidência e denúncia do elitismo característico da família patriarcal nordestina.

Textos para as questões 07 e 08

Leia atentamente a tira do cartunista Laerte, publicada no jornal Folha de S. Paulo de 25/03/2009, e a letra da canção “Maracangalha”, criada pelo compositor baiano Dorival Caymmi em 1956.

clip_image002[4]

Maracangalha
Dorival Caymmi
1 Eu vou pra Maracangalha
Eu vou!
3 Eu vou de uniforme branco
Eu vou!
5 Eu vou de chapéu de palha
Eu vou!
7 Eu vou convidar Anália
Eu vou!
9 Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
11 Eu vou só!
Eu vou só!
13 Se Anália não quiser ir
Eu vou só!
15 Eu vou só!
Eu vou só sem Anália
17 Mas eu vou!...
Eu vou só!...

07. Aponte a alternativa INCORRETA a respeito dos dois textos:

a) Embora utilize uma outra linguagem, a tira estabelece uma clara relação intertextual com o conteúdo da canção, pois toma como reais as ações que o eu lírico da canção imaginara para seu futuro imediato.
b) Há uma evidente correspondência entre o sétimo verso da canção e o segundo quadrinho da tira.
c) Há uma evidente correspondência entre o primeiro verso da canção e o último quadrinho da tira.
d) A tira reconstrói a situação a que a canção se refere num cenário mais contemporâneo, conferindo um aspecto mais atual a elementos como os mencionados no terceiro e no quinto verso da canção.
e) As afirmações contidas nos cinco versos finais da canção são desmentidas pelo último quadrinho da tira.

08. O terceiro verso da letra da canção de Caymmi aparece em algumas fontes de consulta grafado da seguinte maneira:

“Eu vou de liforme branco”
Observe os comentários a seguir a respeito dos textos:
I. A grafia “liforme” busca imitar uma pronúncia popular de uniforme, reforçando o efeito de oralidade produzido por meio de formas como “pra” e pelas frases curtas e repetidas.
II. Os traços de coloquialidade presentes na canção colaboram para criar um efeito de verdade, uma impressão de sinceridade do poeta, o que é um traço dos textos em que predomina a função emotiva.
III. As manifestações de euforia do eu lírico na canção cedem lugar, na tirinha, para o pressentimento da personagem masculina, que está prestes a ver frustrada a sua aspiração de viajar com Anália.
Podem ser considerados corretos os comentários:
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

09. Texto para a questão

clip_image002[6]

A charge acima, do cartunista Benett, foi publicada no jornal Gazeta do Povo em 29/12/2008. Marque a alternativa que a analisa equivocadamente:
a) A figura da caveira com a foice na mão representa o tema da morte.
b) Quando a caveira sai de férias, significa que o contexto é de paz.
c) A caveira sempre está de plantão, já que sempre ocorrem mortes.
d) Quando a caveira está de plantão o quadro é de guerra.
e) A charge faz alusão à guerra entre palestinos e judeus.

10. Texto para a questão

Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo de 2/5/2009 (p. B5), em conversa de Luiz Inácio Lula da Silva com diretores da Petrobras num evento comemorativo “do início da exploração do petróleo abaixo da camada de Sal, na área de Tupi — maior reserva descoberta no mundo nos últimos 30 anos —“, o presidente se expressou nos seguintes termos (com destaques nossos):
“Gente, estou aqui falando da nova era que tem início hoje, falando de uma transcendência incomensurável. (...) Vocês estão acreditando que estou dizendo isso? Nem eu estou crendo em mim mesmo. Agora há pouco falei concomitantemente, daqui a pouco vou falar em passant e ainda nem usei o sine qua non. Para quem tomou posse falando menas laranja tá bom demais.”

Sobre os comentários de Lula, assinale a afirmativa incorreta:
a) Numa primeira leitura, tem-se a impressão de que o anafórico isso tem como referência a grande importância do momento histórico que motivou o evento.
b) Numa leitura mais atenta, percebe-se que isso tem como referência a expressão “transcendência incomensurável”, configurando uso de metalinguagem.
c) O próprio presidente faz humor sobre o grau de sofisticação que alcançou em matéria de linguagem.
d) Lula faz uma mistura inaceitável de variantes lingüísticas, ao juntar a expressão “menas laranja” com “transcendência incomensurável”.
e) Entre “concomitantemente”, “en passant” (do francês; “por alto”, “ligeiramente”) e “sine qua non” (do latim; “indispensável”, “imprescindível”), nota-se uma gradação ascendente, orientada para o mais sofisticado.

Texto para as questões 11 e 12


Modos de xingar
Biltre!
— O quê?
— Biltre! Sacripanta!
— Traduz isso para português.
— Traduzo coisa nenhuma. Além do mais, charro! Onagro!
Parei para escutar. As palavras estranhas jorravam do interior de um Ford de bigode. Quem as proferia era um senhor idoso, terno escuro, fisionomia respeitável, alterada pela indignação. Quem as recebia era um garotão de camisa esporte; dentes clarinhos emergindo da floresta capilar, no interior de um fusca. Desses casos de toda hora: o fusca bateu no Ford. Discussão. Bate-boca. O velho usava o repertório de xingamentos de seu tempo e de sua condição: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco.
Os velhos xingamentos. Pessoas havia que se recusavam a usar o trivial das ruas e botequins, e iam pedir a Rui Barbosa, aos mestres da língua, expressões que castigassem fortemente o adversário (…). “Ladrão”, simplesmente, não convencia. Adotavam-se formas sofisticadas, como “ladravaz”, “ladroaço”. Muitos preferiam “larápio” (…)
(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz. Record: Rio de Janeiro, 1997, p. 23-24.)

11. A função da linguagem predominante no texto é a:


a) emotiva, já que a crônica exprime a subjetividade do cronista, por meio de adjetivos e da 1ª pessoa do singular.
b) apelativa, uma vez que o cronista indiretamente pede ao leitor que não use palavras difíceis.
c) referencial, visto que conta uma história com objetividade, usando a 3ª pessoa e palavras de sentido denotativo.
d) metalingüística, porque reflete sobre o próprio código, no caso, os diferentes usos da língua.
e) poética, pois foi escrita pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, preocupado com a construção expressiva da mensagem.

12. Marque a alternativa que analisa CORRETAMENTE as referências do texto às variantes lingüísticas:

a) “Biltre” e “sacripanta” não são formas antigas de xingamento.
b) “Ladravaz” é um xingamento mais ofensivo do que “ladrão”.
c) “Charro” e “onagro” são modos de xingar utilizados tanto por jovens quanto por idosos.
d) Os modos de xingar não variam conforme a idade e a condição social de quem xinga.
e) Pelo modo de xingar é possível imaginar a idade e a condição social do falante.


GABARITO:

01 -  Resposta: E - O trecho foi extraído do romance O guarani, de José de Alencar (Parte I, capítulo V, “Loura e morena”). Nele, a caracterização da personagem segue os princípios típicos da estética romântica: descritivismo, idealização, associação com a natureza, requinte vocabular, expressividade sentimental e subjetiva.

02 –  Resposta: B - A expressão “lei da selva” é uma gíria, um regionalismo brasileiro que remete à tese de que o mais forte pode impor sua vontade aos mais fracos. No último quadrinho, essa expressão é substituída por “lei da gravidade”, que pertence ao universo teórico da Física e, como tal, apresenta maior precisão conceitual.

03 -  Resposta: D - Quando, no segundo quadrinho, o gato quebra as telhas e cai, o rato pode fazer, no último quadrinho, o comentário de que a “lei da gravidade” é implacável. Assim, é a imagem da queda do felino que permite a piada no balão final da tirinha.

04 -  Resposta: B - O poema “sida” foi publicado em Horto de incêndio (Ed.Assírio & Alvim, 1997). Dele, retirou-se a primeira estrofe, na qual o autor expressa a tristeza diante do desaparecimento de amigos, perdidos para a morte — explicitada no próprio título.

05 - Resposta: C - Apesar de apresentar um retrato que, parcialmente, poderia corresponder a situações reais, a asserção III apresenta uma visão antropológica eurocêntrica e, ideologicamente, deformada pelos preconceitos culturais herdados do cientificismo do século XIX, que se apóia em teorias que consideravam os índios, no suposto processo evolutivo das sociedades humanas, como “crianças” desprovidas de congruência moral. Tal visão não pode ser caracterizada, hoje, como científica e, muito menos, neutra.


06 -  Resposta: A - O trecho foi extraído do capítulo “Padre João Inácio”, de Infância, de Graciliano Ramos. Nele, o narrador descreve dois ambientes, a sala de jantar (primeiro pará-grafo) e a de visitas (segundo parágrafo). Esta última é descrita como “inútil”, por se distanciar de sua função original de ambiente de convívio e de trocas afetivas — função cumprida, segundo o texto, pela sala de jantar, “ponto de reunião” e lugar onde “a gente se sentava ouvindo as emboanças do criado”.


07 - Resposta: E - Não há na tira nenhum indício de que a personagemmasculina deixará de embarcar no ônibus que está prestes a partir. Ao contrário, como a relação intertextual que se estabelece entre os textos é de acordo, fica sugerido que a personagem irá para Maracangalhamesmo que não consiga fazer o convite para Anália, tal como planejara.

08 - Resposta: E - Os três comentários estão corretos. A grafia “liforme”, não admitida pela norma padrão, realmente se aproxima da pronúncia popular da palavra, reforçando o efeito de oralidade da canção, na qual é evidente a exploração do universo emotivo do eu lírico, que expõe sua alegria eufórica diante da expectativa de ir para Maracangalha no futuro imediato. Na tira, predomina a apreensão do personagem que quer urgentemente fazer contato com Anália, que não estava em casa.

09 - Resposta: C - É verdade que sempre ocorrem mortes. Mas num quadro de guerra, elas são mais freqüentes do que num quadro de paz. Por isso, no contexto, o fato de a caveira estar de plantão significa que irá trabalhar mais, porque ocorrerão mais mortes. A placa indicando “Gaza”, local em que moram palestinos, contextualiza a charge, apontando a zona de conflito com os judeus. Em 2008, o conflito se acentuou e foi deflagrada uma guerra entre eles, a que Benett faz alusão.

10 – Resposta: D - Considerando a intenção evidente de fazer humor e de estabelecer uma relação de informalidade, a mistura de variantes se justifica.
   
11 - Resposta: D - A crônica, a começar pelo título, é uma reflexão sobre a linguagem — mais especificamente, sobre as diferentes maneiras de usar a língua. A função metalingüística se caracteriza pela reflexão sobre o próprio código: a linguagem sendo usada para fazer comentários sobre a própria linguagem.

12 - Resposta: E - O trecho “o velho usava o repertório de xingamentos de seu tempo e de sua condição social: professor, quem sabe? Leitor de Camilo Castelo Branco” indica que as maneiras de xingar variam conforme a idade e a condição social de quem xinga: uma pessoa mais velha e de mais cultura, no caso, usa um léxico mais sofisticado, um vocabulário mais pomposo.

 Adélia Prado - Exausto

Adélia Prado - Exausto

Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.

lagarta-borboleta

ACENTUAÇÃO GRÁFICA (GABARITO NO FINAL)

1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:

a) Todo ensino deveria ser gratuíto.
b) Não vês que eu não tenho tempo?
c) É difícil lidar com pessoas sem caráter.
d) Saberias dizer o conteúdo da carta?
e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer.


2. (IBGE) Assinale a opção que contém as três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receber acento gráfico:

a) Eles tem de, sozinhos, aparar o pelo do animal e prepara-lo para a exposiçao.
b) A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde.
c) Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes.
d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido.
e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda.



3. (EPCAR) Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico:
a) Troia, item, Venus
b) hifen, estrategia, albuns
c) apoio (subst.), reune, faisca
d) nivel, orgão, tupi
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu



4. (BB) Opção correta:
a) eclípse
b) juíz
c) agôsto
d) saída
e) intúito



5. (BB) “Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões”.
a) 5 acentos
b) 4 acentos
c) 3 acentos
d) 2 acentos
e) 1 acento



6. (BB) Monossílabo tônico:
a) o
b) lhe
c) e
d) luz
e) com



7. (BB) Leva acento:
a) pêso
b) pôde
c) êste
d) tôda
e) cêdo



8. (BB) Não leva acento:
a) atrai-la
b) supo-la
c) conduzi-la
d) vende-la
e) revista-la



9. (BB) Noite:
a) hiato
b) ditongo
c) tritongo
d) dígrafo
e) encontro consonantal



10. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó



11. (ITA) Dadas as palavras:
1. tung-stê-nio
2. bis-a-vô
3. du-e-lo


Constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas na palavra nº 1
b) apenas na palavra nº 2
c) apenas na palavra nº 3
d) em todas as palavras
e) n.d.a



12. (OSEC) O plural de tem, dê, vê; é, respectivamente:
a) têm, dêem, vêm
b) tem, dêem, vêem
c) têm, dêem, vêem
d) têem, dêem, vêm
e) têem, dêem, vêem



13. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases:
I – Cada qual faz como melhor lhe ……. .
II – O que ……. estes frascos?
III – Nestes momentos os teóricos ……. os conceitos.
IV – Eles ……. a casa do necessário.
a) convém, contêm, revêem, provêem
b) convém, contém, revêem, provém
c) convém, contém, revêm, provém
d) convêm, contém, revêem, provêem
e) convêm, contêm, revêem, provêem



14. (CESCEM) Sob um ….. de nuvens, atracou no ….. o navio que trazia o ….. .
a) veu, porto, heroi
b) veu, pôrto, herói
c) véu, pôrto, herói
d) véu, porto, heroi
e) véu, porto, herói



15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica:
a) pés, hóspedes
b) sulfúrea, distância
c) fosforescência, provém
d) últimos, terrível
e) satânico, porém



16. (SANTA CASA) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente:
a) paroxítona terminada em s e proparoxítona
b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo
c) proparoxítona e paroxítona terminada em s
d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de s
e) proparoxítona e proparoxítona



17. (MACK) Indique a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:
a) lapis, canoa, abacaxi, jovens
b) ruim, sozinho, aquele, traiu
c) saudade, onix, grau, orquidea
d) voo, legua, assim, tenis
e) flores, açucar, album, virus


18. (CESGRANRIO) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro no que diz respeito à acentuação gráfica:

a) pegada – sinonímia
b) êxodo – aperfeiçoe
c) álbuns – atraí-lo
d) ritmo – itens
e) redimí-la – grátis

 
19. (PUCC) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen
b) ítem
c) ítens
d) rítmo
e) n.d.a
20. (ITA) Dadas as palavras:
1. des-a-len-to
2. sub-es-ti-mar
3. trans-tor-no,

constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas na número 1
b) apenas na número 2
c) apenas na número 3
d) em todas as palavras
e) n.d.a


21. (AMAN) Assinale a opção em que a divisão silábica não está corretamente feita:

a) a-bai-xa-do
b) si-me-tria
c) es-fi-a-pa-da
d) ba-i-nhas
e) ha-vi-a


22. (PUCC) A última reforma ortográfica aboliu o acento gráfico da sílaba subtônica e o acento diferencial de timbre. Por isso, não há erro de acentuação na alternativa:

a) surpresa, pelo (contração), sozinho
b) surprêsa, pelo (contração), sózinho
c) surprêsa, pélo (verbo), sozinho
d) surpresa, pêlo (substantivo), sózinho
e) n.d.a

23. (ITA) Assinale a seqüência sem erro de acentuação:
a) pára (verbo), pêlo (substantivo), averigúe, urutu
b) para (verbo), pelo (substantivo), averigúe, urutu
c) pára (verbo), pêlo (substantivo), averigüe, urutu
d) pára (verbo), pelo (substantivo), averigüe, urutú
e) para (verbo), pêlo (substantivo), averigúe, urutú


24. (IMES) Assinale a alternativa em que a palavra não tem as suas sílabas corretamente separadas:

a) in-te-lec-ção
b) cons-ci-ên-cia
c) oc-ci-pi-tal
d) psi-co-lo-gia
e) ca-a-tin-ga


25. (SANTA CASA) As silabadas, ou erros de prosódia, são freqüentes no uso da língua. Assinale a alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:

a. Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem vaidoso.
b. Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
c. Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.
d. Nesse ínterim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos.
e. Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.
26. (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau
b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás
c) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço
d) órfão, afável, cândido, caráter, Cristovão
e) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo
27. (PUC) Na palavra conseqüência o acento gráfico se justifica em função de ser:
a) proparoxítona terminada em ditongo decrescente
b) paroxítona terminada em ditongo crescente
c) paroxítona terminada em ditongo decrescente
d) proparoxítona terminada em ditongo
e) paroxítona terminada em ditongo nasal


28. (OBJETIVO) Assinale a alternativa correta quanto à acentuação:

a) Eu pélo o pêlo pelo prazer de pelar.
b) É macio o pelo do cão.
c) Comi a pera.
d) É o polo Norte.
e) Os professores mandaram por este álbum sobre a mesa.
29. (FAC. ENG-SOROCABA) Conforme a numeração, assinale a alternativa correta no que se refere à acentuação gráfica:
I – erro II – sede III – torre IV – almoço V – governo
a) nenhuma das alternativas está correta
b) apenas os números II e III estão corretos
c) apenas os números II e IV estão corretos
d) apenas os números IV e V estão corretos
e) todas as numerações estão corretas



30. (MED. TAUBATÉ) Apenas uma das alternativas abaixo apresenta erro de acentuação. Assinale-a:
a) baú, véu
b) lêem, vôo
c) comer, anti-rabico
d) super-homem, órgão
e) raízes, bênção




Gabarito
 
  1 – A     2 – A       3 – B       4 – D       5 – A      6 – D       7 – B       8 – C      
  9 – B    10 – A     11 – C     12 – C     13 – A     14 – E     15 – B     16 – B    
17 – B    18 – E     19 – A     20 – C     21 – B     22 – A     23 – A     24 – D
25 – C    26 – B     27 – B     28 – A     29 – E     30 – C